domingo, 18 de abril de 2010

Melodias confusas

Uma melodia doce, suave...
E relembro os movimentos do mar
Acompanha-os porque ninguém sabe
Mas só assim me conhecerás.

Uma melodia de notas fimes mas som frágil
Sou eu, sou revestida de cristal
Como posso ser forte, ser ágil
Se o meu revestimento me é fatal.

Uma música louca, as notas aos saltos
Eu sei é a minha vida material
Tenho fobia de lugares altos
Mas voo alto pela paz espiritual.

Uma melodia lúgubre, trágica
Percebo: é a minha inocência
De insistir numa vida mágica
Do que tenho sinto a insuficiência.

Uma música, uma voz rouca
É a minha contínua contestação
Condenando esta sociedade louca
Revestida de ódio e incompreensão.

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